Na criação de rãs do Ranário dos Meninos foi adotado o sistema Anfigranja onde, os animais são alojados em baias semi-alagadas, na densidade adequada, com água potável, em um ambiente calmo e alimentação à base de ração de peixe de alta qualidade.

       A criação de rã foi um aprendizado demorado pois cada criador guarda a sete chaves seu “pulo do gato”. Contudo, acho que aprendemos, com paciência e tempo.

          A rã é um animal muito sensível capaz de morrer de susto com barulho, apesar de que uma bela chuva de verão com muitos trovões garantir uma linda desova.

       As desovas são muito comemoradas, grande expectativa se aqueles pequenos grãos pretos vão esticar e se transformar em milhares de anfíbios famintos. Água, muita água e, de repente, a grande transformação. Patinhas aparecem, eis os imagos, frágeis criaturas que tem que abandonar o meio aquático. Os rabinhos somem e, assim, surgem as minúsculas rãs, com cerca de 30g, metamorfose completada.

      Nova fase! Comer e crescer! Umas são mais gulosas e crescem mais rápido. Como são canibais preferem as companheiras menores à ração, portanto, se torna necessário a constante triagem das baias de criação.

   Mais ou menos 4 meses depois de muito trabalho e calor, pois todo este ciclo só acontece no verão, temos um ranário cheio de centenas de rãs cantando, um canto peculiar que se tornou um acalanto para  nossa família!